segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

FRUTAS NO POMAR



 

Esta é uma das frutas que tenho em meu pomar, mas ainda não consegui identificá-la. Como podemos ver na imagem, ela parece com um Araçá-boi; tanto a árvore, como o sabor, são muito parecidos com o do araçá-boi. Estou precisando de informações a respeito dessa fruta, tanto o seu nome popular como também todas as suas características nutricionais e nome científico.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

NOSSAS AVENTURAS EM RONDÔNIA

Rondônia ainda é um estado que se tem muito a explorar, principalmente no que diz respeito ao Turismo Ecológico, onde podemos conciliar o seu potencial agropecuário, com a exuberante flora e fauna sem contar com a beleza de nossos rios, lagos e igarapés.
Nesta nossa convivência em Rondônia, tivemos o privilégio em participar de diversas aventuras, principalmente pescarias.
O nosso amigo AMADEU MACHADO teve a brilhante idéia de começar a narrar algumas de nossas divertidas e bem sucessedidas aventuras no rio Jamari:
O Ney acordou no meio do rio, a barraca virou colchão e a malária fez um strike 
 
          Era o verão de 1976.
            O Décio comprou uma barraca de camping, dessas de última geração. Tinha três quartos, só faltava ter suíte.
            Precisava inaugurar o equipamento e para isso organizamos uma pescaria.
            Arrumamos uma caminhonete, sei lá se F 1000, ou D-20, um barco de aluminio e um motor de 25 hp.
            Fomos aos supermercados Teixeira e Melhoral, onde compramos as provisões para a aventura: 1 kg de tudo, arroz, feijão, acúcar, sal, carne e tomate e um isopor de 120 litros, bastante gelo e uma montanha de cerveja.
            Integravam a equipe o dono da barraca, Décio Bueno, que também tinha uma Winchester, Ney Leal (grande pescador, caçador e dono de inesgotável repertório de mentiras), o Naim Aguiar, amazônida puro, lá do Pará, o Afonso, pau prá toda obra e eu, neófito pescador.
            Saímos de Porto Velho bem cedo, para evitar a enorme quantidade de poeira da estrada. Depois de uma hora e pouco já estávamos no distrito de Candeias, onde nos esperava o Afonso, já que ele morava naquela vila.
            Seguimos viagem. Mais duas horas e chegamos à ponte do São Pedro.
            São Pedro era um seringal já desativado, que tinha sido comprado por uma viúva gaúcha. Quando por aqui esteve um sobrinho dela, conheceu o Ney, que advogava com o Fouad e o contratou para administrar o Seringal.
            Este administrar significava pagar a um empregado, que fosse bom mateiro e circulasse pela propriedade, que tinha uns 60 mil hectares, para identificar alguma invasão.
            A ponte do São Pedro era de concreto, na BR-364, e dava passagem sobre o Rio Jamari.
            Mais tarde com a construção da hidrelétrica de Samuel essa ponte ficou embaixo d'água e lá deve estar até hoje. Provavelmente a tenham destruído.
            O Afonso, no caso, era o mateiro contratado pelo Ney, que fazia a segurança do Seringal. Nós todos morríamos de rir porque o Afonso, mesmo sendo um caboclo muito forte, era de uma simplicidade e generosidade tocantes, ao mesmo tempo em que tinha medo de tudo. Mas era muito medo, de visagem, de bicho, de índio e por aí vai.
            Chegados à ponte o barco, o motor, a tralha, a barraca, o combustível foram transportados barranco abaixo pelo Afonso, é claro.
            Na verdade o Naim deu uma ajuda boa.
            Eram cinco homens e mais aquela tranqueirada toda em cima de uma voadeira, com motorzinho de 25 e subindo o rio. Dá prá imaginar que em vez voar, nos arrastávamos rio acima.
            Subimos uma hora e pouco e a fome bateu. Na época as praias do Jamari eram maravilhosas. Areia bem branca e fininha, igualzinho areia do mar. Encostamos numa daquelas praias e devoramos pão, salsicha, presunto, queijo, tomate e cerveja para empurrar aquio tudo para o estômago.
            Muita conversa, a euforia já havia tomado conta de todos, por conta da quantidade de cervejas ingeridas.
            Mais duas horas e chegamos ao paraíso. A praia mais linda que já tinha visto na minha vida. Enorme faixa de areia e de um lado mata amazônica virgem, do outro o rio Jamari, maravilhoso, água cristalina, quentinha, correndo mansamente. Na outra margem mata densa.
            Afonso e Naim descarregaram o barco. O Décio cuidava da barraca, do isopor, e de vez emquando dava um tiro com o rifle novo, enquanto Ney e eu tínhamos a mão congelada de segurar latinhas.
            Já devia ser umas 4 horas da tarde e resolvemos montar a barraca enquanto tínhamos a luz do dia.
            Desenrola aquela montoeira de pano  e estende na praia.
            Cadê o manual de instruções. Cadê, cadê... está aqui, disse o Décio.
            Crava uma estaca aqui, outra ali, outra mais adiante... não aí não, vira para o outro lado, isso, não, não...
            E estrutura para levantar a barraca deve ser isso aqui; é deve ser, sei lá.
            Encaixa isso aonde? No teu... Pô assim não dá, além de não ajudar fica atrapalhando, sai daí seu pinguço. Não pisa no pano cara!!!!
            Vira tudo para o lado de cá. Caramba Décio, essa coisa é tua e tu não sabe nada e quando dá palpite tá errado.
            O suor escorria porque, mesmo já se recolhendo o sol, o calor era intenso.
            De repente diz o Ney, depois de muito gritar com todos e com cãibra no braço de segurar latas.
             Vou dar uma dormida, porque à meia-noite eu vou caçar paca.
            Fez um travesseiro com areia, deitou e, como sempre acontecia, ao recostar a cabeça já estava roncando. E roncava muito...
            O Décio e eu sentamo-os sobre o isopor, já que não havia cadeira ou cadeirinha, ou rede. Bebíamos por música. Quando a minha latinha acabava, a dele também. Jogávamos a vazia fora, erguíamos o corpo o suficiente para liberar a tampa do isopor e pegávamos outras duas, bem geladas. Sincronia perfeita.
            Havia uma fogueira no meio do projeto de acampamento, onde ardiam pedaços grandes de árvores.
            Estávamos ali a contemplar o fogo que crepitava, enquanto Afonso e Naim erguiam e desmanchavam a enorme  e catastrófica barraca pela enésima vez.       Perto de nós dormia o Ney.
            O Décio é um cara muito inquieto e está sempre arquitetando alguma coisa, que normalmente não há de ser boa para alguém.
            De repente ele se levanta, caminha em direção à fogueira, pega um pedaço de madeira em chamas e o arrasta para bem perto do Ney.
            Entendi a mensagem e fiz a mesma coisa. Em cinco minutos a fogueira estava colada no pobre coitado que dormia, roncava e suava, mas suava muito. Parecia que as gotas de suor eram expelidas sob pressão.
            Aí a derradeira maldade.
            Décio pede para Afonso e Naim não fazerem barulho. Combinamos que no três nós começaríamos a bater com força na caixa de isopor e a gritar onça, onça, olha a onça.
            No três tudo aconteceu. O nosso soneca deu um salto na horizontal de um metro e meio, ainda dormindo, com certeza, mas enlouquecido com a gritaria se pôs de pé e danou a correr na direção do rio, onde entrou e no contato com a água, já pela cintura, foi que ele despertou.
            O Afonso rolava de rir na areia e nós não deixávamos por menos.
            Claro que tivemos que esconder a espingarda e as facas por algum tempo.
            Nesse meio tempo a noite chegara e a barraca estava estendida no chão. Um dos três quartos dela estava levantado pela metade.
            O Naim preparou alguma coisa para comermos e o Ney se retirou para tentar caçar uma paca, e o Naim foi junto.
            A lua cheia parecia um farol.
            Nós ficamos por ali, atiramos umas linhadas no rio, mas, se bem me lembro, não tínhamos isca nenhuma, talvez nem anzol.
            A cerveja foi escasseando, o sono chegando, mas ninguém queria dormir, com medo da vingança do "macaco", que ainda estava muito brabo com a nossa brincadeira.
            O cansaço, por fim saiu vencedor. Lá pelas tantas o Ney voltou da frustrada caçada e chegou jogando areia em todos, houve correrias e tombos, mais algazarra e em seguida todos estavam adormecidos, entorpecidos.
            No dia seguinte resolvemos voltar para casa.
            A vontade era de jogar no mato aquela porcaria de barraca, mas a trouxemos de volta. Isopor vazio, combustível acabando e rio abaixo, levamos menos da metade do tempo para chegarmos à ponte do São Pedro.
            Afonso carrega tudo barranco acima, com a permanente solidariedade do Naim. Ajudamos a puxar o barco porque ele e Naim não davam conta. Tudo arrumado, volta prá casa.
            Em Candeias joga o Afonso para fora e ele sai dando risada e com uma derradeira latinha na mão, que ele tinha escondido. Quase voltamos para tomá-la dele, mas o cansaço era maior.
            Chegamos em casa. Que coisa boa!
            Jogamos a barraca do Décio na calçada e mandamos ele fazer um curso de engenharia para montagem de barracas.
            Passados doze dias o Décio avisa que estava com malária, era vivax.
            Com treze e quinze dias caem o Ney e o Naim, chegando notícia do Candeias que o Afonso também estava doente.
            Eu a rir deles.
            Pois no décimo nono dia a minha apareceu e veio muito forte. Dor de cabeça horrível, febre altíssima, dor no corpo todo, náusea permanente.
            Ia-se à SUCAM, fazia-se a lâmina, vinha o resultado e o medicamento era entregue. Em alguns casos os agentes da SUCAM iam na casa do paciente para fazê-lo tomar o remédio.
            Para nós eles entregaram 10 pastilhas de cloroquina e 14 de primaquina. No primeiro dia tomava-se 4 cloroquinas e nos dois dias subsequentes mais três, ou seja, esquema de futebol agressivo, 4/3/3.
            Depois, para manutenção, uma primaquina por dia, durante 14 dias. Pronto, estava curada a malária.
            Nós já consorciávamos a primaquina com whisky ou cerveja, fato que até hoje põe nosso fígado em polvorosa.
            Nunca soube se algum dia alguém conseguiu montar a barraca do Décio, ou se ele tocou fogo nela, depois da vergonha que passou com aquele fenômeno de tecnologia.
            Entre mortos e feridos todos se salvaram.
            De qualquer maneira foram bons e gloriosos dias que nós passamos, em uma aventura rústica e pura, no estreito contato com a exuberante natureza, que sobre nós despejava incensos incessantes de felicidade e alegria de viver.
            Que enorme saudade!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

UM POUCO DE MINHA HISTÓRIA

Sou filho de imigrante libanes, que chegou em nosso país no ano 1906, vindo para o estado do Pará, a convite de outro conterrâneo seu, indo fixar residência na cidade de Altamira, como gerente comercial de uma empresa de Belém.
Nasci no ano de 1943 e vim pra Porto Velho-RO em 1966 a convite de meu irmão. No período de 66 a 68 cursei o Técnico em Contabilidade na escola Estudo e Trabalho; em 1986 ingressei na universidade, optando pelo cruso de Ciências Econômicas.
Fui funcionário concursado do Banco da Amazônia; emppresário do setor gráfico, 1º Secretário da Federação das Indústrias de Rondônia - primeira diretoria -  Diretor Regional do SENAI/RO, Superintendênte do IEL/RO e hoje estou no Instituto Federal de Rondônia, na função de Assessor da Reitoria.